A saga de quem se autopublica

Vou contar uma história que se desenrola nas páginas da minha vida, onde a caneta é meu laptop e o papel, bem, é o virtual. Percebeu? Eu sou uma escritora atual, mas não do tipo que espera eternamente por uma carta de aceitação de uma editora. Não, eu sou a editora, a publicitária e a vendedora, tudo em um pacote só. Bem-vindo ao meu mundo, em que as palavras fluem, e o marketing é quase uma dança.

Ah, o marketing é uma fera à parte. Já me vi envolvida em estratégias mirabolantes para vender meu precioso livro. Um lindo romance que se chama “Recomeçar”. Desde criar posts cativantes nas redes sociais até convencer amigos e parentes a comprarem, cada tática é como um ato de equilibrismo na corda bamba da autopromoção. O desafio é manter a leveza, afinal, ninguém gosta de um vendedor de livros que parece ter um megafone.

Nas idas e vindas de divulgação do livro “Recomeçar”, perguntava: você já precisou recomeçar na vida? Diante das respostas incríveis, dignas de irem para o papel, surgiu a ideia de organizar um livro de histórias reais. Emprestei as minhas habilidades para escrevê-las, então surgiu o “Storytelling Vidas Reais”, um livro de coautoria em que cada capítulo conta a história de uma vida.

O livro foi muito bem-aceito e, como as histórias são infinitas como as que Sherazade contava, estou organizando o volume 2 e o “Storytelling Business”, uma oportunidade aos empresários, para contarem suas trajetórias como empreendedores, dar exemplos de superação e resiliência e inspirar a muitas pessoas, além de ser um marketing poderoso com engajamento, networking e muitos benefícios para a empresa.

A tese que carrego nessa jornada de letras e marketing é que, mesmo com todos os desafios, ser uma escritora que faz tudo sozinha tem suas recompensas. Pode ser um malabarismo constante, mas a liberdade de moldar cada aspecto do processo criativo é uma sensação indescritível.

Claro que tenho profissionais terceirizados que ajudam nas demandas de todo o processo, para que tudo saia perfeito, mas eu tenho autonomia para escolher e definir como será cada detalhe.

Em cada parágrafo desse enredo literário da minha vida, percebo que há mais do que palavras na folha virtual. Há uma narrativa de ousadia, tentativas e risadas ao longo do caminho.

No grande espetáculo do autopublicação, há um personagem que muitas vezes fica nos bastidores, tentando se esquivar dos holofotes: a escritora tímida. Sim, essa sou eu, amo a comunicação por escrito. Mas, quando se trata de networking virtual e vídeos as palavras às vezes parecem querer fazer uma pausa dramática.

Entre capas, marketing, histórias e estratégias, sou a escritora que sente alegria de ver os meus livros nas mãos de alguém que se identifica com a história. E assim eu sigo, escrevendo e vendendo, um capítulo por vez, nessa crônica única chamada vida de escritor autopublicado.

Fonte de imagem destacada: Freepik

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